[Atrasado]
Deveria voltar ontem, mas não deu. Quem se importa? Ninguém visita esse blog no Fim do Mundo mesmo.
Então eu sigo escrevendo as coisas que penso no meio da noite, destilando idéias desconexas enquanto mantenho a minha sanidade. Manter a sanidade pode até ser bom, mas sempre me lembro de um ditado árabe que diz "ao menos uma vez por ano é permitido enlouquecer". Acreedito que no dia de enlouquecer do indivíduo é que ele se veste de bomba e sai pra matar o maior número possível de pessoas. Por isso é que o ditado diz " uma vez por ano". Uma segunda vez significaria ter que voltar dos mortos, o que ainda não é possível...
Se me perguntar, é muito pouco. A necessidade de enlouquecer, de deixar as rédeas ao vento e cavalgar pra sempre, faz parte de viver nesse mundo. E num tempo que preza tanto o politicamente correto, ser maluco nem é assim tão difícil. Meu irmão mais novo é considerado louco por muitos por acreditar na bondade dos homens e que se você tratar bem, será bem tratado em retorno. Não é possível começar a imaginar o tanto de gente que não acredita nisso, que acha que ser "esperto" (malandro) é o certo e que a vida é uma caminho para nos tornarmos cada vez mais maus e duros. Quer saber a verdade? Pode até ser! Não me importo se for assim. Eu nunca fui de seguir o que o mundo ditou de qualquer maneira. Quando decidi colocar o nome de Fim do Mundo pra esse blog era nisso que eu estava pensando, nessa coisa de tudo estar tão errado (do meu ponto de vista) que o fim é logo ali na esquina. Além disso, a idéia de ir passear no fim do mundo sempre me foi agradável.
O que posso afirmar é que vou lutar até o último dia de vida para que eu não tenha que me tornar ainda mais seco do que já sou, não vou me curvar e fazer parte desse tempo cinza no qual vivemos e nem vou deixar de sorrir de vez em quando, porque é assim que me ensinaram a viver.
Ensinaram-me também um monte de outras coisas, que ficam para um próximo post.
Essa ilustração não tem muita coisa a ver com o que escrevi, mas o som de uma gaita bem tocada é sempre trilha sonora ideal para devaneios.
E esse é especial porque é dedicado à Kelly.
Abraços,
Leandro
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Sou eu, o irmão mais novo... e tá tudo errado!